quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A MINHA HISTÓRIA ROMANTICA E CIGANA.....POR TERRAS RIBATEJANAS!!!

 ESTAS DUAS FOTOS FORAM FEITAS POR MIM QUANDO CIRCULAVA ALGUNS TEMPOS ATRÁS, NA ROTUNDA DO FINAL DA CALÇADA DO MONTE
À MUITOS ANOS..... TINHA EU DESDE CRIANÇA, UMA IDEIA MUITO ROMANTICA SOBRE  O POVO CIGANO!
CONFESSO..... HOJE MESMO QUE NÃO TENHA A MESMA MANEIRA DE VER AS COISAS, AO ENCONTRAR ESTES CIGANOS CAMINHANDO EM SANTARÉM, DE CARROÇA, COM SEUS TERES E AVERES, MESMO EU CONDUZINDO, MESMO CIRCULANDO NA ROTUNDA, NÃO RESISTI A REGISTAR EM FOTOS QUE AQUI FAÇO ACOMPANHAR, DA MINHA HISTÓRIA ROMANTICA!!!

OS CIGANOS

Ali, naquele local, era o vale das caneiras, havia muito mais coisas sem ser caneiras, era certo mas, como a avó Quina dizia… “onde havia caneiras, também havia água,” e era precisamente esses dois elementos, que os ciganos precisavam, ali naquela época nos anos sessenta.
Tudo isto acontecia, quando os ciganos se deslocavam em carroças, com todos os seus haveres, quando ainda não tinham casas, e armavam a sua tenda, feita com as carroças, e alguns panos ou cobertores, acampavam em qualquer lado, e ali perto das hortas, onde havia de tudo para cozinhar, e a bendita água, mais ainda, as caneiras, era portanto um local abençoado.
No inicio do Outono, as canas estavam pois, boas para o corte. Por essa altura apareciam também, as caravanas, das grandes famílias de ciganos, que acampavam perto da estrada, no olival do Senhor Coronel. Pediam para cortar as canas, ou outros nem se davam ao trabalho de o fazer, achavam-se já os donos das caneiras, e assim depois faziam cestas.
Apanhavam-nas, limpavam-nas, de todas as folhas fios e folhagens, logo, toda essa folhagem servia também, para alimentarem os burros, e os animais que faziam parte da caravana. Cortavam as canas, no sentido do comprimento, todas às tirinhas, depois, delas faziam toda a espécie de cestos, e até açafates, com asas, sem asas, redondos, ovais, grandes ou pequenos, dependendo da habilidade, e criatividade de cada artista, mas sempre com as canas verdes para poderem moldar.
Ficavam por ali alguns dias a fazer os cestos, até chegar o tempo da Feira da Piedade. Depois, carregavam de novo tudo nas carroças, e aí iam eles em caravana, a caminho da feira, várias carroças, vários burros, e os cestos atados no cimo das carroças, faziam uma linda vista, e grande cortejo, tudo caminhando em direcção a Santarém, com o seu produto de venda, para ajudar a algumas despesas.
 Era normal serem só os pequenitos, ou alguém com muita dificuldade, a ter lugar nas carroças, tal a carga com todos os seus haveres, que eram poucos – mas, já muitos para transportar nas suas carroças - os colchões e mantas, panela e pratos, o cântaro para água, todos os utensílios, mais necessários para a sua vida.
Até os cães, caminhavam com os donos em cada etapa das suas viagens errantes, e como todos os outros seres capazes, iam seguindo assim a pé, acompanhando as carroças. E lá partiam, mas não sem antes oferecerem algumas cestas, pelo agrado à cedência das canas ou de algumas coisas mais que os vizinhos, já para alguns, conhecidos, lhes teriam oferecido para comerem.

LÍDIA FRADE em A FAZENDA ONDE VEIO A LUZ AO MUNDO

3 comentários:

  1. Que lindas fotografias! As músicas trazem-me de volta a minha infância. beijinho AMIGA
    Uma boa semana

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  2. Que lindas fotografias! As músicas trazem-me de volta a minha infância. beijinho AMIGA
    Uma boa semana

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    Respostas
    1. OLÁ QUERIDA MARIA!!!

      OBRIGADO POR DESCER ATÉ AO MEU SIMPLES ESPAÇO!!!
      FICO FELIZ POR TER GOSTADO!!! POR A AJUDAR A RECORDAR DECERTO ALGUNS MOMENTOS FELIZES DE INFÂNCIA!!!
      E GOSTAR DAS FOTOS, ALGUMAS BONITAS, OUTRAS....AS POSSÍVEIS!!!

      1 BEIJINHO MINHA QUERIDA!!!
      VOLTE SEMPRE!!!
      SERÁ SEMPRE UM PRAZER LER AS SUAS PALAVRAS!!!

      LÍDIA

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