sábado, 9 de novembro de 2013

GOLEGÃ+++++CAVALOS+++++ BELEZAS++++++ FEIRA DE S. MARTINHO!!!






























NOVEMBRO


Nos ditados populares


Reside a sabedoria


Dos tempos e contratempos


Dos meses, anos e dias


E tudo tem o seu tempo,


Seu nome, crença e magia



Estava eu um destes dias


Numa doce sombra sentada


Dando aos ditados razão


Era novembro, quem diria?


Tanto sol, no avançar do dia



Acolhedor e soalheiro


E na sombra daquela arvore


Eu pensei com os meus botões


Que os ditados populares


Revelam as suas razões.



Entre castanhas e vinho


Diz o povo com razão


Á terra lança o teu pão


Que é verão de S. Martinho.


POEMA DE LÍDIA FRADE

































sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O QUE SE PODE FAZER COM AS CULTURAS DE UM QUINTAL RIBATEJANO!!

SOU MUITO DE GUARDAR RECORDAÇÕES, UM DIA JÁ ALGUNS ANOS ATRÁS FUI FAZER UMA PESQUISA NUNS VELHOS BARRACÕES, ANEXOS, OU COMO LHE QUEIRAM CHAMAR, QUE ERAM DOS MEUS PAIS, JÁ COM TELHADOS CAÍDOS E DEGRADAÇÕES TOTAIS .
NUM DESSES BARRACÕES, QUE TERIA SIDO UMA ESPÉCIE DE OFICINA DO MEU PAI, ENCONTREI ESTA RODA DENTADA QUE, NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DE O QUE TERIA SIDO, OU A QUE MAQUINA PERTENCERIA, SEI QUE GOSTEI DA RODA, LIMPEI E PASSEI UM SPRAI , DE OURO VELHO, PASSANDO ASSIM A FAZER PARTE DA MINHA DECORAÇÃO CASEIRA.
PASSARAM DOZE ANOS, PRECISARIA DE MAIS UM TOQUE DE SPRAI, MAS VEJAM COMO FICOU LINDO COM ESTE ARRANJO DE ROMÃS.
PARECE UMA FRUTEIRA DO IMPÉRIO ROMANO, MAS NÃO.... AGORA É APENAS DECORAÇÃO DE UM ANEXO RIBATEJANO.

E QUE TAL ESTA MINHA ABOBRINHA, CRIADA NO MEU QUINTAL, COM TODO A SUA IMPORTÂNCIA, SOBRE UMA TOALHA DE RENDA TECIDA PELA AVÓ JÚ!!! 

E AQUI QUE BELEZA, O GRANDE CONJUNTO DE ALGUMAS DAS ABOBARAS, QUE FAZEM PARTE DAS MINHAS CRIAÇÕES DE HORTINHA RIBATEJANA!!!
TENHO ANDADO SEM TEMPO E AINDA NÃO FIZ DOCE DE ABÓBORA, NEM AINDA AS COMECEI A GASTAR DE ALGUM JEITO, NO ENTANTO JÁ OFERECI ALGUMAS, QUE POSSIVELMENTE JÁ FIZERAM PARTE DE ALGUMA EMENTA. 

SOU MUITO ORGULHOSA DAS MINHAS ABOBRINHAS, EXPOSTAS SEJA ONDE FOR, FICAM SEMPRE LINDAS!!!

AQUI NUMA FRUTEIRA FAZENDO COMPANHIA A UM MARMELO QUE JÁ SUBIU DE POSTO, PASSOU A MARMELADA, TAMBÉM CRIADO NUM MARMELEIRO VIZINHO DAS ABOBREIRAS!!! 

E NESTE PRATO ESPECIAL, ESTA LINDA ESPÉCIE ESTÁ A EMBELEZAR A MINHA COZINHA!!! 

O OUTONO E INVERNO VÃO ACABANDO COM AS FLORES, MAS ESTAS AINDA SÃO DAS BELAS ROSAS DO MEU JARDIM RIBATEJANO!!!



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

RENOVAR.............FOI PRECISO!!!

ESCOLHI ESTA FOTO DO FORNO DO PADRINHO AMADEU PORQUE FAZ PARTE DA MINHA INFÂNCIA, DA MINHA MOCIDADE, OU DE TUDO O QUE FICOU PARA TRAZ. 


O FORNO DE CAL, DO PADRINHO AMADEU
Tinha eu apenas sete anos, e já vinha para a escola de Atalaia, e tinha de caminhar três km, desde a Ponte do Celeiro, onde ainda não havia escola, e que viria abrir uma provisória, só no ano seguinte, quando eu já estava na segunda classe.
Até aí, todas as crianças em idade escolar, eram distribuídas por três escolas, a das Fontainhas, onde andava a Ermelinda e a Olívia, e creio até que a Florinda da Quinta do Cordeiro, a da Povoa da Isenta, onde andava a Isabel, e todos as outras crianças, tal como eu e minhas primas, e ainda as do Cabeço de Almodolim, vinham todos para Atalaia.
Certo era que, esse caminho dos três km, não nos custava muito a percorrer, vínhamos andando e brincando, saiamos cerca de uma hora antes para fazermos esse caminho, sem relógios, sem telemóveis, sem nada que indicasse aos nossos familiares, de que tudo estava bem, e era assim que desde as oito da manhã, até pelo menos às quatro da tarde, ninguém sabia de nós nem como estávamos.
Este relato serve apenas para fazer comparações, com os dias de hoje, e ainda para vos contar e mostrar, um pouco da história deste forno de cal, do qual vos mostro aqui os seus restos, fotografados á poucos dias atrás.
Fica na beira da estrada, por onde eu passava todos os dias, e lembro me do seu funcionamento, do fumo a sair de suas entranhas, um dia perguntei a minha mãe, como é que tudo aquilo funcionava, até a cal ficar em pedra branquinha, que depois o dono do forno ia vender numa carroça, de terra em terra, minha mãe explicou.
O dono do forno, ia buscar uma camioneta velha carregada de lenha, que ia queimar dentro forno para o seu aquecimento, não sei dizer bem quais eram os passos a seguir, mas sei que as pedras, vindas das pedreiras, existentes ali por toda aquela charneca, e colocadas na medida certa, numa câmara onde apanhavam todo o calor, também ele com conta e medida, para sair as pedras branquinhas, mas inteiras, depois do tempo adequado para a sua cozedura.
O padrinho Amadeu, como era conhecido na casa do meu pai, pois era mesmo seu padrinho, era o dono do forno, e a pessoa que o fazia funcionar, e vender depois o produto ali transformado.
Depois era a cal caldada com água, eram colocadas umas pedras de cal, dentro de um grande caldeirão, começava por ferver sem ter lume, nem outro qualquer aquecimento, desfazia num grosso polme, e sempre bem mexida com um grande pau, para ficar bem na distância, e não queimar algum pingo quando saltava na fervura.
Era com esta cal, que se caiava tudo, todas as paredes, por dentro e fora da casa, em todas as aldeias, deixando tudo bem branquinho, de ar bem limpinho, quando ia chegar o Verão todas as pessoas da aldeia faziam brio, em caiar todas e qualquer parede, sempre com cal, pois não havia tintas.

 FOTOS E TEXTO DE LÍDIA FRADE


VISITE AINDA ESTE MEU BLOG

VALE A PENA

VAI GOSTAR

DEIXE O SEI COMENTÁRIO DE AMIGO

CLIK